domingo, 27 de dezembro de 2009

quarta-feira, 23 de dezembro de 2009




ROSA contada em prosa !!
iAlguns anos atrás, um jovem casal de origem muito humilde, aguardava a chegada de seu segundo filho. Como não havia na época exames para identificar o sexo do bebê, eles não sabiam o que seria. O pai, é claro! Desejava mais um menino, já para mãe, bastava que nascesse com saúde.
Essa espera não levaria muito tempo, faltava poucos meses para que mais um membro chegasse aquela família, que apesar de poucos recursos , não se preocupava com as questões financeira pois um filho só representava alegria para eles.
Foi então, que numa bela tarde de primeira aquela espera terminou. Nasceu uma linda menininha, de pele alva e cabelos vermelhos como fogo. Rosa, esse era seu nome.
Seus pais ficaram muito felizes com o nascimento de Rosa e como todos os pais, começaram logo a fazer planos de como seria a vida de Rosa, que profissão Rosa seguiria, com que tipo de homem Rosa se casaria, quantos filhos teria, essas coisas de pais. Mas o futuro nem sempre é como se imagina!
E assim Rosa foi crescendo, naquela família humilde mas de muitos princípios éticos, religiosos... Poderia faltar às vezes coisas que o dinheiro não poderia comprar mas nunca lhe faltou amor.
Logo Rosa foi mostrando seu comportamento nada convencional para uma menina de sua época, sempre muito espivitada, fogosa como seus cabelos, e seus pais não demoraram muito a perceber o comportamento indesejado da filha, o que lhes trouxe muita preocupação.
Já adolescente, Rosa ia pra escola apenas para namorar, não queria nada com os estudos. Quando seu pai descobriu achou , na sua ignorância, que afastando Rosa da escola poderia controlar a filha , que poderia impedi-la de namorar tanto, atitude que era muito condenada na época, e assim o fez, e Rosa parou de estudar. A atitude do pai só adiantou por pouco tempo, porque logo Rosa crescera e atingiu a maioridade, sendo a única responsável pelos seus atos.
Ah! E Rosa deu trabalho! Namorou muito, curtiu muito, fez de tudo um pouco. Seu pai logo se arrependeu da atitude que tomou quando tirou Rosa da escola, porque chegou a conclusão que de nada adiantou, então era melhor ter uma filha que fosse uma piranha inteligente do que uma puta burra.
Um dia Rosa comunicou aos seus pais que se casaria. Que alegria! Quem sabe agora casada com uma família ela tomaria jeito! Então Rosa se casou, logo veio seu primeiro filho, uma menina,DENISE. Pouco tempo depois nascera outra filha,DEYSE. Por algum tempo todos ficaram sossegados, mas o sossego também não durou muito. Não sei o que acontecia com Rosa, era um fogo inexplicável. Será que a cor de fogo de seus cabelos a influenciava? Não sei.
Ela se separou e voltou a “viver” para desgosto de seus pais.
Você pode imaginar a decepção de uma mãe ao abrir uma página de jornal encontrar a seguinte manchete: “Rosinha de Bangu, gay do ano.” ? E adivinha só de quem era a foto do gay que havia ganhado o primeiro lugar de gay mais bonito daquele ano? É! Era dela , Rosa havia ido num baile gay só pra se divertir e como sempre extravagante, os gays acharam que ela também era como eles e ela adorou a idéia, se fez passar por gay, se inscreveu no concurso, dançou, desfilou e todos a adoraram, tanto que ela ganhou.
A vida de Rosa era assim, uma loucura após a outra. Rosa se drogou, saiu do vicío, passou fome, teve dias de fartura, casou, se separou, casou de novo, se separou de novo,namorou muito,foi amante,foi amada,odiada,invejada,desejada,xingada,até policia chamaram para a Rosa
algumas vezes se metia em confusão outras até que aconteciam coisas boas. Entre muitos episódios da vida de Rosa, me recordo um que foi muito engraçado. Ela teria encontrado uma antiga paquera e foram parar num motel, lá seu parceiro se transformou num verdadeiro monstro e começou a ameaçá-la com uma arma para que ela fizesse coisas absurdas, sem saber o que fazer, imediatamente ela lembrou que em uma conversa antiga ele havia dito ter pavor de coisas ocultas, Rosa não pensou duas vezes, logo fingiu estar “pegando santo” e ele apavorado fugiu deixando-a sozinha no motel. Ah! Essas coisas só acontecem com Rosa.
Mas a vida de Rosa apesar de um pouco turbulenta, para quem houve suas histórias, até que é bem divertida. Eu poderia escrever um livro de comédia contando suas experiências. Acho que todos deveriam conhecer uma Rosa na vida, porque ela consegue transformar a experiência mais trágica da vida dela em uma grande piada, em que todos dão muitas risadas, se divertem muito. Pena que o livro não tem voz, porque você precisava ouvi-la contando da viagem de carnaval para casa de uma amiga que adora contar vantagens. Essa amiga dizia ter uma casa na praia, e um dia ela convidou um grupo de amigos, inclusive Rosa, para passar o carnaval lá. Foram todos felizes para casa de praia, que segundo a amiga tinha tudo, só estava em obras. Chegando lá, que decepção! A casa não tinha muro, ah! Mas tinha as colunas e o portão, na frente da casa não tinha porta só uma janela, a porta ficava na parte dos fundos da casa, um detalhe, o terreno era inclinado e a escada ainda não estava feita, a porta ficava mais ou menos a uns dois metros de altura da base do terreno. Não tinha outra saída depois de tanto tempo de viagem todos estavam cansados e queriam entrar para descansar e para se livrar um pouco do peso das bagagens. Então não tiveram alternativa, um rapaz pegou uma escada de madeira velha que estava jogado no quintal, subiu, abriu a porta e foi até a janela abri-la para que os outros por ali entrassem. Todos eram jovens e tinham muita disposição, o que foi fácil e até divertido, ter que entrar e sair da casa pela janela. Esqueci de contar, Rosa já estava com uma certa idade e estava muito gorda, gorda mesmo. Quem disse que Rosa gorda, baixinha conseguiu subir a janela? Foi um empurra, empurra, todos gritavam: “Empurra a gorda ela tem que entrar!”. Com muito esforço, muita boa vontade de seus amigos ela conseguiu entrar na casa para mais uma decepção, a geladeira estava quebrada, embaixo da pia não havia cano, no banheiro o cano da privada era jogado por um buraco para o lado de fora da casa e por aí vai. Mesmo assim, os amigos não perderam o entusiasmo, como não havia outro lugar por ali eles ficaram e aproveitaram da melhor maneira possível aquele carnaval. Rosa diz que aquele foi o melhor carnaval da vida dela, aquele em que ela apelidou como “ as férias no gamadinho do meio do pântano”, gamadinho sabe?! Aquele docinho quadradinho de amendoin. A casa não passava disso, um quadradinho abandonado num Pântano.
Bom, a vida daquele linda menininha de pele alva, cabelos de fogo, e que fogo!, não foi a mais tradicional, mas garanto que foi muito divertida e apesar de tudo ela é feliz e adora fazer as pessoas felizes com suas aventuras.Hoje ela a Rosa feliz com seus netos fazendo travessuras e com certeza ainda aprontando e tendo muito a contar.
Quem sabe um dia eu resolvo escrever um livro contando as aventuras de Rosa, para que assim como eu já ri muito, você possa ri também e alegrar um pouco sua vida, afinal de contas ri é sempre o melhor remédio.



ESPERO QUE TENHA GOSTADO.

MINHA NETA CAMYLLE,MINHA BONECA


NA REALIDADE DOS MEUS SONHOS,SOU UMA FADA!!


MEU NETO CAIO,MEU AMOR